🍇 O potencial da Bonarda por Alejandro Vigil

Falar em Bonarda é falar em vinho argentino. A uva é uma das mais importantes variedades tintas da Argentina, e fica atrás apenas da Malbec em número de hectares plantados. Introduzida em Mendoza por imigrantes europeus no final do século XIX, por muitos anos foi identificada com uma videira do Piemonte de mesmo nome. Mas análises ampelográficas e de DNA a identificaram como sendo a Corbeau Noir, uma uva da região de Savoy (Saboia), nos Alpes franceses.

Hoje, a maior parte da Bonarda argentina é cultivada no leste de Mendoza, uma zona quente com altitude média de 600 metros. Neste terroir o estilo do vinho é suculento e intenso com perfil frutado. Além da boa adaptabilidade que a videira desenvolveu nas terras baixas de Mendoza, existem por lá milhares de vinhas velhas, cultivadas em pé franco, de baixo rendimento com fruta de alta qualidade. Uma parcela desses vinhedos pertence à vinícola El Enemigo.

O solo é perfeito para receber videiras, pois é pobre em matéria orgânica e rico em minerais e calcário rochoso. A combinação da altitude (que gera noites e manhãs frias), da luminosidade e do solo, geram uvas que resultam em vinhos intensos e elegantes, hoje em dia, considerados entre os melhores da região.

 

 

Eu Quero

 

A premiada vinícola El Enemigo é o projeto conjunto de Alejandro Vigil, enólogo chefe de Catena Zapata, e de Adrianna Catena, filha mais nova de Nicolás Catena. Patrício Tapia concedeu 92 pts no Guia Descorchados, destaca os sabores das frutas negras doces (como amoras em geleia) e a boa textura de seus taninos afiados, que suportam a sensação de frescor e tensão. Os aromas de ervas são levados até o final em uma Bonarda de vinhedos de mais de 100 anos.

A safra também levou 91 pontos por Robert Parker e 93 James Suckling.

 

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