Pequenos Rebentos Atlântico 2021
Revista Adega - AD 93 pts
Tinto no estilo clarete composto a partir de uvas Doçal, Cainho Tinto, Pedral, Alvarelhão entre outras, cultivadas em ramadas (latada) na zona de Barcelos, assim como em vinhas nas áreas de Ponte de Lima e de Melgaço, com fermentação sem adição de leveduras exógenas e sem passagem por madeira, mas mantido em contato com as borras finas durante 7 meses antes do engarrafamento. Fluido e gostoso de beber, impressiona pela acidez pulsante e pelos taninos tensos, que envolvem suas frutas vermelhas frescas, conferindo profundidade ao vinho. Tem final vertical, com toques terrosos, de ervas secas, de especiarias, de cerejas e de groselhas, que pedem uma segunda taça. Não se iluda com ele, pois aparenta ser mais complexo do que realmente é. Álcool 11.5%.
Degustado em 11/11/2023 por EM
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Produtor: Márcio Lopes
País: Portugal
Região: Minho
Uva(s): Doçal, Cainho Tinto, Pedral, Alvarelhão entre outras
Graduação Alcoólica: 11,5%
Amadurecimento: sem passagem por madeira, mas mantido em contato com as borras finas durante 7 meses antes do engarrafamento.
O Minho
A cultura da vinha tem remotas tradições na região do Minho. As mais antigas referências que se conhecem da existência de produção de vinho, no que é hoje a região demarcada, remontam à época romana. No entanto, a mais antiga menção conhecida a esses vinhos encontra-se num documento datado de 1606, passado pela Câmara do Porto. A região estende-se por todo o noroeste de Portugal, na zona tradicionalmente conhecida por Entre-Douro-e-Minho. Está situada numa zona de relevo muito variado, com exposição atlântica e clima caracterizado por elevada pluviosidade, umidade atmosférica, temperatura amena e pequenas amplitudes térmicas. Os solos são homogêneos e predominantemente graníticos, de férteis a muito férteis, de acidez elevada. A região foi revitalizada e ganha prestígio pelos projetos que investem na elaboração de grandes vinhos brancos.
Portugal, Um celeiro de castas
Portugal, de forma muito sábia, não se rendeu a tendências globais e não dizimou sua ampla gama de castas autóctones. É o país com o maior número de uvas nativas, as quais auxiliam na construção de estilos múltiplos de vinhos. Em muitos casos estão plantadas na mesma vinha, com décadas e décadas de vida. As centenas de uvas disponíveis tornam Portugal, com o próprio define, um mundo de diferenças e uma inesgotável fonte de bons vinhos.
