Quinta da Ponte Pedrinha Reserva 2016
Revista Adega - AD 94 pts
Blend tinto composto a partir de uvas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Alfrocheiro, advindas de vinhedos de mais de 30 anos, cultivados em solos graníticos, com estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês. Austero nos aromas e franco nos sabores, mostra frutas vermelhas e negras, maduras no ponto certo, acompanhadas de notas florais, de ervas frescas e de especiarias doces, que se confirmam no palato. Fluido, preciso e refinado, tem acidez vibrante, taninos firmes e de grãos finos e final suculento e persistente, com toques terrosos, mentolados, de amoras, de ameixas, de violetas e de alcaçuz. Um Dão de carteirinha, muito bem feito em seu estilo velha escola. Está ótimo agora, mas tem tudo para ficar ainda melhor nos próximos 20 anos. Seguramente, entre as melhores versões desse vinho provadas por ADEGA até o momento. Álcool 13%
Degustado em 12/11/2024 por EM
Região: Dão
Produtor: Quinta da Ponte Pedrinha
País: Portugal
Uva: Touriga Nacional, Tinta Roriz e Alfrocheiro
Graduação Alcoólica: 13,5%
Estágio em Barrica: 12 meses em barrica de carvalho francês.
DÃO
Cercada por altas montanhas de granito por três lados - Serra da Estrela, Serra do Caramulo e Serra da Nave -, a região do Dão fica protegida da influência do Oceano Atlântico. Assim, o clima local se mantém temperado. Os verões são secos e quentes, enquanto os inversos, frios e chuvosos, com grande amplitude térmica. Além disso, os solos são arenosos, de origem granítica e xistosa, bem drenados. Em conjunto, esses são fatores propícios para a obtenção de vinhos de alta qualidade. No Dão planta-se uma grande variedade de castas e é notável o fato de a região ser rica em espécies autóctones. A maior parte dos vinhos é, todavia, produzido a partir de Touriga Nacional, Tinta Roriz, Jaen (conhecida na Espanha como Mencía), Alfrocheiro Preto e Encruzado. De fato, dados apontam que 80% da produção da região é de tintos, sendo que pelo menos 20% desses rótulos leva Touriga Nacional. A Encruzado é a principal casta branca, por vezes combinada com Malvasia Fina e Bical. Leia mais sobre a região na Revista Adega.
Portugal, um celeiro de castas
Portugal, de forma muito sábia, não se rendeu a tendências globais e não dizimou sua ampla gama de castas autóctones. É o país com o maior número de uvas nativas, as quais auxiliam na construção de estilos múltiplos de vinhos. Em muitos casos estão plantadas na mesma vinha, com décadas e décadas de vida. As centenas de uvas disponíveis tornam Portugal, com o próprio define, um mundo de diferenças e uma inesgotável fonte de bons vinhos.
